Deputados do PL foram eleitos presidentes de colegiados importante, como CCJ e Educação, além de Segurança Pública e Previdência e Assistência Social
As escolhas partidárias se dão respeitando a proporcionalidade do tamanho das bancadas partidárias na casa. O PL, que tem o maior número de deputados (96), tem a preferência de escolher primeiro. O PT é o segundo, com 68 parlamentares, a fazer suas opções de comissão a dirigir. Na divisão das outras comissões, 30 ao todo, essas forças se equivalem. Os outros partidos dividem a direção dos outros colegiados.
Em reação a esses nomes indicados pelo PL, considerados da ala radical do partido, a base do governo suspendeu as nomeações de seus parlamentares, decisão que foi revista após reunião com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). O PL reagiu à oposição do PT aos seus indicados.
O deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), vice-presidente da Câmara, informou que nenhum nome indicado pelo PL para qualquer comissão seria trocado. E não foi.
“Se o governo está incomodado com nossas indicações significa que acertamos no alvo. O governo que se vire. Não vamos trocar ninguém. De maneira alguma”, sustentou Cavalcante.
Carolina De Toni e Nikolas Ferreira não foram as únicas indicações de desagrado do governo. Na Comissão de Segurança Pública, o eleito foi o deputado Alberto Fraga (PL-DF), um dos principais líderes da bancada da bala. O Pastor Eurico (PL-PE) foi o escolhido para presidir a Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família. Esse deputado foi o relator ano passado do projeto que veda casamento entre pessoas do mesmo sexo.
A nova presidente da CCJ afirmou ser natural que sejam pautados projetos de acordo com a ideologia de quem está no comando da comissão,mas garantiu que propostas de opositores também serão colocados em discussão e votação.
Na Comissão de Educação, os governistas fizeram duras críticas à indicação de Nikolas Ferreira, que não estava presente em razão de gozar da licença paternidade neste momento.
“Essa comissão vai escolher um deputado que é um disparate, que já foi condenado por homofobia e que ataca o sistema educacional”, disse a deputada Dandara (PT-MG). O também petista Rogério Correia (MG) também condenou essa indicação do PL.
“A pauta dessa comissão será toda ideológica, com temas como questão de gênero, banheiro para meninos emeninas e a tal escola sem partido, algo ilegal. Além de ser, o deputado Nikolas, alguém que é contra a vacina”, disse Correia.
No vídeo que encaminhou e foi exibido na comissão, após o resultado conhecido, Nikolas, num tom sereno, disse que fará uma gestão plural.
“Nossa pauta será bastante conceitual e propositiva. Nessa comissão, teremos audiências públicas e vamos fiscalizar a educação no atual governo. Vamos fazer uma comissão abrangente e plural. E vamos debater temas importantes para o país, como o Plano Nacional de Educação e debateremos outros, como o home schooling”, disse o bolsonarista.
fonte: https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2024/03/6814673-derrota-do-governo-bolsonaristas-levam-comisssoes-estrategicas-no-congresso.html
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